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Publicada em 28 de Janeiro de 2025 às 14:08

Eduardo Leite envia consulta formal a Lula para esclarecer programa de dívidas dos estados

Governador gaúcho participou de balanço de ações para reconstrução do RS promovido pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT)

Governador gaúcho participou de balanço de ações para reconstrução do RS promovido pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT)

Wagner Lopes/CC/Divulgação/JC
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Bolívar Cavalar
Bolívar Cavalar Repórter
Após críticas do governo do Rio Grande do Sul ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag) sancionado com vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) enviou nesta terça-feira (28) uma consulta formal à Presidência da República solicitando esclarecimentos sobre pontos que, na avaliação do Piratini, não têm a clareza necessária.
Após críticas do governo do Rio Grande do Sul ao Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag) sancionado com vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) enviou nesta terça-feira (28) uma consulta formal à Presidência da República solicitando esclarecimentos sobre pontos que, na avaliação do Piratini, não têm a clareza necessária.
Nós já temos vantagens que foram garantidas ao Rio Grande do Sul, uma pela calamidade (as cheias de maio de 2024) e outra pelo Regime de Recuperação Fiscal (RRF). O que nós não queremos é, para ingressar em um programa mais vantajoso, ter que abrir mão daquilo que nós já havíamos conseguido”, explicou o governador durante um encontro, liderado pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), de apresentação de um balanço das medidas adotadas pelo governo federal para a reconstrução do Estado após a tragédia ocorrida no ano passado.

A fim de garantir que os dispositivos de benefícios para o pagamento da dívida do Estado com a União sejam mantidos no caso de o Rio Grande do Sul ingressar no Propag, Leite estará enviando um documento ao presidente Lula para que os pontos de desentendimento entre os governos estadual e federal sejam esclarecidos. O Piratini tem até o final de 2025 para decidir se irá aderir ao Propag ou não.

No caso do retorno do governo federal ser de assegurar a permanência das medidas já firmadas para o pagamento da dívida do RS, o governo gaúcho deve aderir ao programa, conforme disse o governador.

Segundo o ministro Rui Costa, a elucidação dos pontos solicitados pelo governador será de competência da Advocacia-Geral da União (AGU). “No governo federal, às vezes um ministério ou uma secretaria tem um entendimento diferente do que está na lei em relação a outro. Quem arbitra qual o entendimento que deve prevalecer é a Advocacia-Geral da União, que faz a interpretação e todos os outros órgãos do governo têm que seguir esta orientação da AGU”, explicou o titular da Casa Civil.

O Propag é um programa que busca facilitar o pagamento das dívidas dos estados com a União. Atualmente, os valores devidos pelo Rio Grande do Sul estão em torno de R$ 100,2 bilhões e foram suspensos até abril de 2027 por Medida Provisória assinada após o desastre das chuvas ocorrido em maio de 2024. O governo gaúcho já ingressou no Regime de Recuperação Fiscal (RRF), de mesma natureza, e o Propag é um substitutivo a esta medida, garantindo aos maiores devedores, entre outras medidas, mudanças nas aplicações de juros das dívidas e a possibilidade de compensação por entrega de ativos estaduais. 

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